terça-feira, 18 de novembro de 2008

Responsáveis são os pequenos...

Realmente vale a pena lembrar uma parte do discurso do Presidente do X Governo na sua tomada de posse: "A democracia açoriana, apesar de perturbada pela elevada abstenção em eleições como a última ocorrida, encontra nessa pulsão participativa um valor inequívoco e acrescido no nosso sistema de governo, que lhe incute qualidade. Compete, todavia, a todos os partidos, começando pelos que mobilizam menos eleitores, contribuir com maior eficiência para a atractividade dos nossos processos eleitorais".
Começando pelos que mobilizam menos eleitores? Não deveria ser o contrário? É que mais 3 ou 4% nos pequenos não alterariam grandes coisas - são pequenos, que raio...
Isto está lindo, está!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Governo para dois anos…

Há muito que não via um anúncio de governo tão macambúzio como este. Estamos de novo perante o velho “baile de cadeiras” e os sinais não podiam ser piores. De facto, a solução PS está mais que acabada. Não lhe dou 2 anos de vida e, tendo em conta o actual figurino legal, aposto que César vai mandar tudo às urtigas daqui a muito pouco tempo. E ao contrário dos pseudo-comentadores profissionais que temos, aposto que César vai querer fazer exactamente a mesma “maldade” que Mota Amaral cometeu.
Não é aceitável que se insista no mesmo modelo de governação. Não que as eleições não lhe dêem razão – César voltou a ganhar com maioria absoluta – mas esperava-se mais que isso ao nosso “comandante”. Esperava-se, por exemplo, que começasse a incutir o modelo do mérito, desenvolvendo especialistas em diversas áreas e premiando os melhores com cargos de gestão pública. Fez exactamente o contrário – e isso, a meu ver, é uma espécie de crime político que os açorianos não merecem.
Não se compreende que um secretário que esteve à frente da Educação passe agora para o Ambiente. Se esta é que é a sua área de especialização académica, o que fez ele durante 3 mandatos na Educação? É como eu costumo dizer às minhas filhas: se é para dizer disparates, antes ficar calado!
Vasco Cordeiro já esteve na Agricultura, já esteve nas Generalidades e agora vai para a Economia. Será ele o economista indicado? Certamente que não. O sinal que fica é, realmente, que qualquer um ocuparia aquele lugar.
APMarques na Solidariedade Social. Será mesmo? Não sei; já trabalhou na administração do Instituto de Acção Social mas será que isso lhe dá uma grande capacidade nesta área? Não penso. De qualquer maneira, ainda bem que saiu do Ambiente. Mas cá está: a prova da política errática que vem sendo seguida.
A Saúde e a Educação (que raio de “autonomização” é essa de que estão para aí a falar?) mereciam dois secretários de peso. Ao contrário, receberam dois desconhecidos que independentemente das suas qualidades humanas deixam uma imagem política de “paus mandados”. Ambos parecem ser sobretudo “organizadores” – não pensadores com visão. É óbvio que só o futuro dirá do resultado do seu trabalho, mas não é de esperar muito pior do que já está. Nem melhor…
Em política o que parece é. E o que parece é que César só conseguiu colocar de pé um governo fraco e cansado antes mesmo do jogo começar. Fê-lo de propósito? Talvez, mas talvez seja um reflexo da pouca confiança que já tem em quem o rodeia. E se for isso, aposto que este Governo não se aguenta dois anos.
Porque a verdade é esta: independentemente do partido que ele sustenta e que o sustenta a ele, o cargo de Presidente dos Açores acarreta consigo uma consciência, uma nobreza e uma visão macro que não se compadece com as minudências partidárias. E estou certo que muito em breve o peso histórico do cargo acabará por falar mais alto. Nesse dia, tal como aconteceu com Mota Amaral, César vai olhar à sua volta e tomar a opção mais nobre.
Cá para mim, dou-lhe dois anos…

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Colocando-nos em perspectiva

PS nacional quer revisão da lei eleitoral

O sistema eleitoral que venho defendendo parece que tem adeptos... no continente. Para informação sobre o que se está a pensar "lá fora", aqui vai uma notícia da TSF:
"
Estudo do PS sobre revisão da Lei Eleitoral abandona proposta de avançar para círculos uninominais04 NOV 08 às 17:27 O estudo encomendado pelo PS para fundamentar a revisão da Lei Eleitoral propõe alterações profundas ao actual sistema de eleição dos deputados. Segundo soube a TSF, o estudo abandona a proposta inicial dos socialistas de avançar para círculos uninominais em que se elegia apenas um deputado por círculo.Deste modo, cada eleitor passa a ter dois boletins de voto. No primeiro, o voto vai para um círculo regional, onde cada português pode escolher entre votar na lista proposta pelo partido, como actualmente, ou, em alternativa, num dos candidatos a deputados.
O novo sistema de voto preferencial, em que o eleitor pode escolher o deputado que elege, permite a competição interna entre candidatos de um mesmo partido.
O deputado é eleito a partir do momento em que recebe sete por cento dos votos.
O estudo encomendado pelo PS aos cientistas políticos André Freire, Manuel Meirinho e Diogo Moreira vai agora ser publicado em livro.
Os autores sublinham que o voto preferencial permite aproximar os deputados dos eleitores, aumentando a qualidade da representação no Parlamento.
A previsível falta de proporcionalidade do novo sistema eleitoral seria compensada por um segundo voto, numa lista fechada num círculo nacional com perto de cem deputados.
A opção proposta ao PS responsabiliza os deputados, mantendo, ao mesmo tempo, o actual nível de proporcionalidade entre os partidos com lugar na Assembleia da República."
Concordo e quero ler o livro...

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Di Vagar...

Questionava-se esta semana se Obama é socialista por ter afirmado pretender "distribuir a riqueza por todos". Não será essa a lógica do sistema dos impostos? questionava-se King. Aparte a possibilidade do homem vir a levar um tiro, espero mesmo que sobreviva a lógica dos impostos.
Há dias Stephen Hawkings esperava que a raça humana sobreviva mais 200 anos, porque se sim estará "safa", podendo disseminar-se pelo espaço. Queira-se ou não, tendo em conta o seu gabarito, é provavelmente isso que nos está destinado.
Não entender esse raciocínio é não ver a componente "macro" da nossa raça - e perceber que ela é muito mais que economia. Mas na Cabo, a CNN pifou. Reflexo dos tempos ou simples coincidência, não sei... Sei que pouco sei, mas sei isso!

Pitafes do modo actual

Um dos erros que estão a ser cometidos pela inteligencia internacional, é realmente imaginar que a gestão é uma espécie de arte desgarrada das realidades concretas. Realmente funciona durante um certo tempo, mas rapidamente se percebe que as escolas de economia convencionais estão correctas: a economia move-se pela paixão.
Retirar a organização de topo das empresas e colocá-las numa espécia de classe à parte representa o contrário do espírito que move o capitalismo democrático. É dizer a todos os colaboradores que eles nunca poderão atingir o topo porque a raça é diferente - que a ambição é limitada. Quando ele se move no pressuposto do mérito, que só tem uma limitação. E ela certamente não é a da raça.
Isso não significa que um gestor "profissional" não possa ser bom. Mas significa certamente que ele será muito melhor se tiver crescido na casa, se a "amar".

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Estamos em Pré-Campanha eleitoral

Manuel Moniz está neste momento de corpo e alma na campanha pelo Partido da Terra. Para blog actual, por favor visite blog do MPT

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TERRA

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