quarta-feira, 2 de abril de 2008

Enfermeiros de Família

Folguei saber que o PP defende a criação do "enfermeiro de família" – e ainda mais folgado fiquei quando percebi que o Sindicato dos Enfermeiros defende a mesma coisa. Afinal de contas, esse tinha sido um tema quase recorrente aqui no Contra-Opinião – que embora se entretenha a contradizer, também gosta de deixar algumas pistas com vista ao bem estar colectivo. Quem não tem cão caça com gato – e nós temos enfermeiros com fartura, não temos é médicos.
Aliás, meio a brincar, apetece dizer que, neste cenário de carência, talvez seja um desperdício que Artur Lima não se dedique à sua profissão… É que a questão não tem tanto a ver com a criação de um uma lei que invente uma nova categoria de enfermeiros – bem pelo contrário, esta é uma questão bem mais pragmática e concreta. Aliás, numa ordem de prioridades, nem faz qualquer sentido criar já uma categoria desse género: o que é preciso é constituir equipas, lideradas por médicos de família, que comecem a desenvolver uma política familiar de qualidade. Aliás, talvez fosse pela definição do que isso significa que se deveria começar…
Infelizmente, os políticos tendem a pensar que criando leis resolvem tudo, quando na realidade estão apenas a lavar as mãos dos problemas que alegadamente pretenderam criar. Quando o que precisamos é de eficácia e seriedade na aplicação das directivas existentes – mas nisso os políticos não se metem.
É fundamental uma nova política de Saúde para os Açores, virada para a prevenção a todos os níveis. O acaso (ou Deus) dotou-nos de uma população suficientemente pequena e ao mesmo tempo educada para podermos implementar um serviço de Saúde perfeitamente exemplar. Infelizmente, tal como na Educação – e até no Ambiente – teimamos em não o fazer… Será teimosia ou simplesmente incompetência?

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